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Um dia após uma reunião decisiva no playArt que resultou na dispensa de Carlos “viol” de Paula (foto), o site do Made in Brazil teve a oportunidade de conversar com o mineiro, para saber os motivos que levaram a sua saída.Na pequena entrevista, viol explica que começou uma faculdade neste ano e diz que o tiime foi inflexível para adaptar os horários de treinamentos. Quando perguntado sobre a escolha e seu futuro, ele foi enfático: “fizeram a escolha errada ao me tirar do time. Não acho que é a hora de parar, mesmo porque meu orgulho me diz que tenho algumas coisas para resolver”.
Confira abaixo a entrevista:
Ontem você deixou o playArt. Como aconteceu sua saída?
Como a maioria deve saber, trabalho durante o dia e nesse semestre comecei uma faculdade a noite. Meus horários de treinos eram como ano passado, das 22h30 às 2-3 horas da manhã (dormindo umas cinco horas por noite haha), mas de um mês para cá o time resolveu treinar mais cedo e acabou não batendo os horários, daí optaram por me tirar do time.
Depois de o bit deixar o coL, ele foi visto treinando com o playArt no seu lugar. Você acha que esse interesse também foi decisivo para sua saída?
Talvez… Acho que uma decisão dessas não se toma da noite para o dia e nem sem alguém em mente. Visto os fatos, tudo indica que é por causa disso né, mas vai saber…
Você acredita que a decisão foi muito precipitada? Você acha que o time poderia ter sido mais flexível em questão de horário ou sua saída era inevitável?
Esse foi um dos pontos conversados na reunião. Eu disse que não achava certo, pois optaram pela decisão “mais fácil”, e se eu me esforcei no ano passado, dormindo cinco horas por noite, poderia rolar um esforço também… Flexibilidade quando cinco pessoas concordam e querem é fácil demais de ter, há uma criação de possibilidades para contornar algum problema… É um pouco mais complexo, mas quando alguém realmente quer alguma coisa acaba conseguindo. Na verdade a pretensão rolou, não exatamente para minha saída, mas deu no que deu.
O que o time pretendia antes de tomar a decisão da sua saída?
Depois da DreamHack, no ano passado, havia uma desmotivação imensa, mas acabamos decidindo esperar o começo do ano para conversar e voltar. No começo do ano eu pretendia treinar forte para ganhar de quem viesse. De umas semanas para cá senti uma certa pressão por causa dos horários, mas mesmo assim estava aí no horário combinado todos os dias, e eu achava que estava definido né… Mas fui pego meio de surpresa com essa notícia, apesar de esperar ligeiramente que uma vaga se abrisse no time.
Se o horário tivesse permanecido o mesmo do ano passado, você teria condições de continuar no time?
Por incrível que pareça, mesmo trabalhando 10-11 horas por dia, eu tinha mais/mesmo número de horas jogadas de CS que todos do time, então a questão da disponibilidade nunca foi um problema para mim. Quando nós queremos alguma coisa, nos esforçamos para fazer acontecer. Minha vontade era treinar forte dormindo quatro, cinco horas por noite para possibilitar isso. Eu havia definido que neste ano eu queria focar para conseguir algo melhor que ano passado. Ainda quero isso. E mesmo que não seja no playArt, vou buscar de alguma forma, se aparecer um projeto bom e que possibilite isso.
Então você vai continuar no Counter-Strike? O que pretende fazer daqui para frente? Voltaria com o KaOz?
Vamos ver… Pretendo disputar pelo menos mais um campeonato, dependendo do projeto que vier. Não acho que é a hora de parar ainda, mesmo porque meu orgulho diz que tenho algumas coisas para resolver. KaOz? Hum… sou KaOz desde 2005, mesmo não estando na line-up. Quem sabe? Haha.
O bit é o principal cotado para entrar no pA, apesar de ele ter negado a informação. O que o time tem a perder com a sua saída e a ganhar com a entrada dele?
Acho que eles podem te responder melhor, afinal optaram por me tirar do time. O bit é um bom jogador e tem experiência, e eu sei das minhas qualidades, mas não cabe a mim pesar isso. Eu acredito que fizeram a escolha errada ao me tirar, independente de quem colocar.
Muito obrigado pela entrevista, viol. Algum recado final que queira deixar?
Eu que agradeço. Queria agradecer e mandar um abraço para a galera que torce individualmente por mim, independente do time que eu estiver, e dizer que ainda vão me ver em alguns jogos por aí. Quero dizer também que por mais que sejam surpreendidos com certa decisão, sempre há um motivo (ou um novo motivo) para continuar. Abraço!
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Após a publicação da entrevista, viol quis acrescentar um comentário: “Gostaria de dizer que em nenhum momento me referi à organização playArt, que desde 2005 tenho enorme gratidão e bom relacionamento, e acho que muitos interpretaram errado. É uma organização vencedora não só no CS mas em vários jogos, portanto agradeço muito ao Peace e sempre vou agradecê-lo, que é dono da organização que eu particularmente julgo a maior atualmente. É o que faltou nos comentários finais, portanto fica aqui meu agradecimento ao playArt”.
Bruno “bruno” Ono
